Atividade semana 15/09

Quais critérios o terapeuta utiliza para decidir o término da terapia? E se a criança não querer terminar a terapia?
Os critérios usados para término é relacionado pela mudança psíquica alcançada pela criança em três espaços. Espaço intrasubjetivos ligado às pulsões e fantasias, espaço intrasubjetivos que envolve as relações injetáveis e relação transitivo que responde pelo espaço social e cultural.
Segundo Duarte (1989) o fim da terapia para a criança pode se configurar em uma forma de luto, portanto é necessário essa união seja desfeita aos poucos, reduzindo o número de sessões aos poucos e deixar claro que o terapeuta estará lá caso a criança precise.

A entrevista com a criança é denominada a"hora do jogo" qual seu objetivo e a sua importância?

carolina schiavon escreveu:No início do cap. 6, quando fala-se sobre a visão de Klein, diz: "quando a criança era dominada por resistências, os pais deveriam auxiliar para que comparecesse às sessões."
De que forma esse auxílio pode ser feito?

No entendimento de Klein a análise com crianças era parecida com a análise em adultos, pois utilizava a transferência, desde as primeiras sessões, para acessar os substratos mais profundos do psiquismo infantil remetendo às primeiras relações objetais e às suas fantasias inconscientes.
Klein se abstinha de interferir na educação das crianças, a menos casos que observasse erro no manejo dos pais. Compreendia que essa intervenção só poderia advir se novos entraves à análise , provocando efeitos desfavoráveis na atitude dos pais com seu filho. Reiterava que a relação estabelecida com os pais de seus pequenos pacientes tinha o objetivo de auxiliar o trabalho de forma passiva, devendo esses se absterem tanto quanto possível de qualquer interferência, quer fazendo perguntas que incitem a criança a falar da análise em casa, quer alimentando resistências que ela possa ter.

carolina schiavon escreveu:No início do cap. 6, quando fala-se sobre a visão de Klein, diz: "quando a criança era dominada por resistências, os pais deveriam auxiliar para que comparecesse às sessões."
De que forma esse auxílio pode ser feito?

No entendimento de Klein a análise com crianças era parecida com a análise em adultos, pois utilizava a transferência, desde as primeiras sessões, para acessar os substratos mais profundos do psiquismo infantil remetendo às primeiras relações objetais e às suas fantasias inconscientes.
Klein se abstinha de interferir na educação das crianças, a menos casos que observasse erro no manejo dos pais. Compreendia que essa intervenção só poderia advir se novos entraves à análise , provocando efeitos desfavoráveis na atitude dos pais com seu filho. Reiterava que a relação estabelecida com os pais de seus pequenos pacientes tinha o objetivo de auxiliar o trabalho de forma passiva, devendo esses se absterem tanto quanto possível de qualquer interferência, quer fazendo perguntas que incitem a criança a falar da análise em casa, quer alimentando resistências que ela possa ter.

Seria errôneo dizer que todas as famílias, ou a grande maioria delas possui aspectos transgeracionais?

Ester Pereira escreveu:No capítulo 5 do livro foi citado que é comum o uso de banheiro pelas crianças durante as sessões como também a vazão de impulsos corporais, tais como eructações, flatulências e expressão de conteúdos orais e anais sádicos e agressivos. Após isso afirma que o terapeuta deve buscar o significado e saber diferenciar se são actings ou apenas formas de expressão. Minha dúvida seria: Como fazer essa diferenciação/interpretação?

Tudo vai depender da relação estabelecida entre o terapeuta e a criança. A compreensão virá a partir da relação da dupla e da trama de sentimentos agressivos e amorosos que permeiam o campo psicoterápico. É sempre importante apontar que a criança tem permissão de expressão simbólica para brincar, desenhar ou falar sobre qualquer tema, mas não pode fazer tudo, pois isso coloca em risco o setting. No texto Winnicott (2000) ressalta que “o fornecimento de um ambiente suficientemente bom na fase mais primitiva, capacita o bebê a começar a existir, a ter experiências, a constituir um ego pessoal, a dominar os instintos e a se
defrontar com todas as dificuldades inerentes à vida” (p. 404). É possível fazer uma alusão com a situação terapêutica, na qual o paciente só poderá
ser ele mesmo e mostrar seus aspectos positivos e negativos quando se sentir seguro em um ambiente suficientemente bom, em que ele possa ter experiências que remetam às mais diversas emoções e aos estados de seu self.

Gabrielli Marques Rotta escreveu:Como o término do processo psicoterápico implica no psiquismo infantil?

Acredito que o término do processo de psicoterapia pode trazer diferentes sentimentos e reações na criança, algumas podendo lidar de uma forma melhor, agindo bem com a situação e sem resistência, quando o processo de alta se dá no momento favorável para todos. Entretanto, acredito que para outras crianças, mais resistentes, com dificuldades de separação, esse processo pode ser mais difícil para a criança e seu psiquismo, principalmente se esse término acontecer de forma mais repentina,  trazendo até mesmos sintomas ou volta de certos comportamentos.

Gabrielli Marques Rotta escreveu:Como o término do processo psicoterápico implica no psiquismo infantil?

Acredito que o término do processo de psicoterapia pode trazer diferentes sentimentos e reações na criança, algumas podendo lidar de uma forma melhor, agindo bem com a situação e sem resistência, quando o processo de alta se dá no momento favorável para todos. Entretanto, acredito que para outras crianças, mais resistentes, com dificuldades de separação, esse processo pode ser mais difícil para a criança e seu psiquismo, principalmente se esse término acontecer de forma mais repentina, trazendo até mesmos sintomas ou volta de certos comportamentos.

Quando há a necessidade de quebra de sigilo, em atendimentos com crianças e adolescentes. Como isso é direcionado? E quais as consequências disso no processo?

Como o psicoterapeuta se posiciona e/ou que tipo de fala ele usa, quando os pais falam que vão ter que interromper a psicoterapia?

Olá, Achei muito boa a abordagem dos dois capítulos, em especial com as ilustrações de caso, mas fiquei pensando que: Ainda que o papel da família esteja no centro da perspectiva histórica e de desenvolvimento da Psicanálise, a concepção clássica (M. Klein, Anna Freud e a escola francesa) a via sob diferentes entendimentos. Como a psicanálise moderna compreende tal relação dados distintos arranjos e configurações familiares?

carolina schiavon escreveu:

Gabrielli Marques Rotta escreveu:Como o término do processo psicoterápico implica no psiquismo infantil?

Acredito que o término do processo de psicoterapia pode trazer diferentes sentimentos e reações na criança, algumas podendo lidar de uma forma melhor, agindo bem com a situação e sem resistência, quando o processo de alta se dá no momento favorável para todos. Entretanto, acredito que para outras crianças, mais resistentes, com dificuldades de separação, esse processo pode ser mais difícil para a criança e seu psiquismo, principalmente se esse término acontecer de forma mais repentina,  trazendo até mesmos sintomas ou volta de certos comportamentos.

Oi Gabi, considerei super pertinente a tua questão por compreender que - de acordo com pontos que se anunciam no texto - esse processo encontra-se relacionado as diferentes formas e vínculos (alianças) estabelecidos no curso terapêutico entre paciente, terapeuta e familiares.
Compreendo que a conclusão de tais processos dependem do estágio e do avanço promovido no universo intrapsíquico e no contexto da família. A partir desse entendimento é possível pensar que o impacto pode se constituir em algo mais efetivo se realizado em momento e condições adequadas as necessidades do paciente. De outro modo, pode resultar na necessidade de retorno ou na não elaboração apropriada dos elementos que ocasionaram a busca pelo tratamento.

Vitória Coelho Lindemann escreveu:Minha dúvida é em relação a devolução, ela ocorre apenas com os responsáveis ou poderá ser dividida em três momentos (apenas com os responsáveis, apenas com a criança e com ambos juntos)?

Acredito que cada caso deva ser analisado individualmente, entretanto acho que uma entrevista separada apenas com a criança se faça necessária, até para essa entender sua importância e autonomia dentro da psicoterapia, além de não quebrar o vínculo, terapeuta/paciente, criado ao longo desse processo. Portanto se a escolha for de se fazer entrevistas separadas, é importante conversar primeiramente com a criança, avisando-a que seus pais serão chamados, para que assim não ocorra nenhum mal entendido.

Vitória Coelho Lindemann escreveu:Minha dúvida é em relação a devolução, ela ocorre apenas com os responsáveis ou poderá ser dividida em três momentos (apenas com os responsáveis, apenas com a criança e com ambos juntos)?

A devolução não ocorre apenas com os responsáveis, ela ocorrera também com a criança. Sendo dividida em dois momentos. No primeiro momento com a criança e no segundo momento com os responsáveis.

Netaly Nunes Alves escreveu:Quando há a necessidade de quebra de sigilo, em atendimentos com crianças e adolescentes. Como isso é direcionado? E quais as consequências disso no processo?

É preciso que o terapeuta avalie com calma e cuidado o caso que necessita de quebra de sigilo, sempre respeitando o paciente e e o setting terapêutico. É preciso analisar se realmente a quebra de sigilo é o caminho correto e ficar sempre atento ao nosso código de ética.
É importante sempre deixar claro ao paciente criança ou adolescente, que ali é um espaço dele, que ele pode dividir conosco todo e qualquer assunto, mas que em alguns casos específicos, talvez iremos precisar conversar sobre alguma dessas coisas com seus cuidadores, sempre deve-se agir com transparência, para que isso não atrapalhe no processo da terapia.

Letícia Meireles Bordalo escreveu:A entrevista com a criança é denominada a"hora do jogo" qual seu objetivo e a sua importância?

Acredito que tenha por objetivo facilitar a comunicação entre terapeuta e paciente através do lúdico, fazendo-se uma importante ferramenta no atendimento com crianças.

Como o terapeuta deve lidar com cuidadores que acabam "atrapalhando" o processo de terapia da criança? Por exemplo, quando eles não seguem as combinações necessárias
para a manutenção do tratamento (buscar e trazer a criança nos horários marcados, participar das entrevistas agendadas, efetuar pagamentos...)?

Admin escreveu:Oi gente, tudo bem? Espero que sim!
Conforme combinado, estou criando o espaço para que vocês possam realizar a atividade proposta em aula pela Lucia. A atividade consiste em ler o cap. 5 e 6 e registrar aqui suas duvidas e responder as questões dos colegas, com base no seu conhecimento/ pensamento, deve ser realizada até o dia 13/09 às 23h59.
Qualquer dúvida entrem em contato, de preferência pelo whatsapp.

Como lidar com as manobras defensivas que podem surgir em decorrência do rompimento do ideal narcísico parental?

Marcela Marques Dias Bueno
"Quando a criança está sofrendo por uma perda real, concreta, por morte ou abandono, ela precisa mais de continência do que de interpretação"
Como seria essa continência? De que forma ela seria aplicada ?

Júlia Tissot escreveu:Como o terapeuta deve lidar com cuidadores que acabam "atrapalhando" o processo de terapia da criança? Por exemplo, quando eles não seguem as combinações necessárias
para a manutenção do tratamento (buscar e trazer a criança nos horários marcados, participar das entrevistas agendadas, efetuar pagamentos...)?

Acredito que deve avaliar quais as razões para a resistência dos pais e quando possível tentar discutir e/ou esclarecer com estes.

O texto fala que muitas vezes os familiares é que estão apresentando dificuldades para manejar com a criança e que, outras vezes, os pais que acabam se dando conta de que eles também precisam de psicoterapia. Gostaria de entender melhor como funciona no caso de o psicoterapeuta observar a dificuldade de manejo por parte dos pais com a criança e a necessidade de encaminhá-los para psicoterapia, visto que muitos pais são muito resistentes a essa possibilidade.

Qual a maior dificuldade encontrada na fase final do tratamento com crianças?

Vitória Silva de Castro escreveu:
Como o psicoterapeuta se posiciona e/ou que tipo de fala  ele usa, quando os pais falam que vão ter que interromper a psicoterapia?

O psicoterapeuta deve auxiliar os pais a superar as dificuldades, empatizando com a dor e culpa que o tratamento da criança pode lhes causar, sendo como uma forma de reforçar a aliança de trabalho com eles e assim evitar boicotes ao prosseguimento da psicoterapia. Nesse momento, o terapeuta deve ressaltar a importância do tratamento, a necessidade de trabalhar questões que deem continuidade no tratamento, trazer para os pais algumas melhoras apresentadas pela criança até então, ainda que respeite e entenda a decisão dos pais caso não estejam preparados para a mobilização que o tratamento poderia causar na família.