Atividade semana 15/09

Oi gente, tudo bem? Espero que sim!
Conforme combinado, estou criando o espaço para que vocês possam realizar a atividade proposta em aula pela Lucia. A atividade consiste em ler o cap. 5 e 6 e registrar aqui suas duvidas e responder as questões dos colegas, com base no seu conhecimento/ pensamento, deve ser realizada até o dia 13/09 às 23h59.
Qualquer dúvida entrem em contato, de preferência pelo whatsapp.

Gostaria de entender um pouco mais sobre o “Perfil Desenvolvimental" que é citado no texto?

No capítulo 5 na parte sobre a fase final - despedida (mais especificamente na página 111), é relatado que em diversos casos há um retorno dos sintomas ou até uma piora em resposta a possibilidade de término, e que esse possível retorno dos sintomas pode ocorrer devido ao fato de ainda haver um trabalho de elaboração por fazer ou apenas sinalizar uma reação a separação da dupla, não sendo fácil fazer essa diferenciação entre o que ficou por fazer e o que é uma recapitulação do passado. O que deve se levar em conta para elaborar essa diferenciação?

No capítulo 5 do livro foi citado que é comum o uso de banheiro pelas crianças durante as sessões como também a vazão de impulsos corporais, tais como eructações, flatulências e expressão de conteúdos orais e anais sádicos e agressivos. Após isso afirma que o terapeuta deve buscar o significado e saber diferenciar se são actings ou apenas formas de expressão. Minha dúvida seria: Como fazer essa diferenciação/interpretação?

Ester Pereira escreveu:No capítulo 5 do livro foi citado que é comum o uso de banheiro pelas crianças durante as sessões como também a vazão de impulsos corporais, tais como eructações, flatulências e expressão de conteúdos orais e anais sádicos e agressivos. Após isso afirma que o terapeuta deve buscar o significado e saber diferenciar se são actings ou apenas formas de expressão. Minha dúvida seria: Como fazer essa diferenciação/interpretação?

Acredito, que essa interpretação e ou diferenciação, se dá apartir do que esta sendo trabalhado no momento da terapia e como está a relação terapeuta/paciente para então, uma possivel interpretação do momento psicoterápico. Visto que, ambos durante a sessão podem apresentar sentimentos de aversão.

Gostei bastante do capítulo 5, achei bem explicativo, não tenho muitas dúvidas, mas o que me chamou bastante atenção foi a etapa final, onde sabemos que com adultos já é difícil fazer o desligamento por conta do vínculo alcançado até aquele momento. Gostaria de entender detalhadamente como é feito esse processo com as crianças, como e de que forma podemos comunicar isso a elas, é possível evitar ao máximo o sofrimento dessa desvinculação?

Oi turma, tudo bem?
To terminando a leitura dos capítulos aqui mas já fiquei com uma dúvida. No capítulo 4 é trabalhada a ideia de necessitar, em alguns casos, uma equipe multidisciplinar para um melhor tratamento do paciente. O que eu queria saber é como se dá essa troca entre os profissionais envolvidos no tratamento, se as informações são divididas entre eles (quando necessário), se essa troca se dá apenas pelo intermédio dos pais do paciente ou se essa troca não se realiza a não ser que essa venha espontaneamente pelo paciente. O que vocês acham?

Aline Bohn Martins escreveu:Gostei bastante do capítulo 5, achei bem explicativo, não tenho muitas dúvidas, mas o que me chamou bastante atenção foi  a etapa final, onde sabemos que com adultos já é difícil fazer o desligamento por conta do vínculo alcançado até aquele momento. Gostaria de entender detalhadamente como é feito esse processo com as crianças, como e de que forma podemos comunicar isso a elas,  é possível evitar ao máximo o sofrimento dessa desvinculação?

Oi Aline, não sei se tem como esse processo acontecer sem causar algum desconforto ou sofrimento no paciente. O que eu entendi que deve acontecer é que, após entendida tanto pelo terapeuta quanto pelos responsáveis do paciente que o mesmo conseguiu trabalhar os aspectos que foram combinados no começo do tratamento (objetivos), eles devem estipular um tempo confortável para que o terapeuta possa começar a trabalhar essa separação entre eles. Nesse período já pode ser diminuída a quantidade de encontro semanais como também, se houver o surgimento de sentimentos de ansiedade e medo perante esse momento, que eles possam ser trabalhados conforme surgem, estabilizando-os de forma que eles não aumentem desproporcionalmente no futuro. É claro que, como dito no livro, há um momento certo para realizar essa separação, não podendo ela ser muito cedo ou muito. tarde, pois acarretaria aspectos que não deveriam fazer parte deste processo.

Como lidar com resistências na fase final da psicoterapia voltada para crianças e adolescentes?

Kassiélen Fortes Rösler escreveu:Gostaria de entender um pouco mais sobre o “Perfil Desenvolvimental" que é citado no texto?

O uso do perfil desenvolvimental é um recurso auxiliar bastante interessante que pode servir como guia para a organização e o detalhamento do material clínico, levando a um diagnóstico que reflete múltiplos pontos de vista metapsicológicos, decorrente de uma abordagem detalhada e formada por vários aspectos da história do paciente e seus sintomas.

Ester Pereira escreveu:No capítulo 5 do livro foi citado que é comum o uso de banheiro pelas crianças durante as sessões como também a vazão de impulsos corporais, tais como eructações, flatulências e expressão de conteúdos orais e anais sádicos e agressivos. Após isso afirma que o terapeuta deve buscar o significado e saber diferenciar se são actings ou apenas formas de expressão. Minha dúvida seria: Como fazer essa diferenciação/interpretação?

Acting out é considerado um ato, no qual o sujeito atua, age ao invés de recordar e colocar em palavras uma cena. Essa atuação ou colocação em prática das pulsões, fantasias e desejos de um sujeito, pode ser tanto dentro como fora do consultório. Já as formas de expressão, são maneiras em que o ser humano se utiliza para transmitir alguma informação.
É imprescindível que o terapeuta saiba diferenciar tais questões na prática clínica, pois de acordo com sua interpretação, o plano de tratamento e as intervenções poderão mudar. De acordo com a pergunta solicitada, explicita-se a diferença entre acting e formas de expressão:
- No acting: a criança irá expressar seus conteúdos inconscientes/fantasias por meio do ato de eructações/flatulências, pois é um conteúdo latente, onde a criança não terá acesso, e, portanto, não conseguirá enunciar de forma consciente, apenas por meio dessa vazão de impulsos corporais.
- Como forma de expressão: o ato de dar vazão a impulsos corporais vai estar ligado apenas a uma questão de demonstração e expressão, onde e criança fará tais atos, mas não ligados a um conteúdo incessível inconsciente, mas como um comunicado consciente de que alguma situações pode estar acontecendo.

Klein entendia a análise de crianças como sendo parecida com a de pacientes adultos, pois utilizada a transferência desde as primeiras sessões para acessar o psiquismo infantil. Gostaria de saber um pouco mais sobre como se da a transferência infantil na clínica.

Como o término do processo psicoterápico implica no psiquismo infantil?

Logo no inicio do capitulo 5 fala sobre a importância da vinculação não somente com a criança, mas também com todos os outros meios no qual a criança faz parte. Minha duvida é como podemos nos vincular de maneira adequada com crianças que não apresentam relações solidas ou que sofre algum tipo de violência, como psicológica ou física, e em razão disso acaba tendo dificuldade de confiar nos outros?

Aline Bohn Martins escreveu:Gostei bastante do capítulo 5, achei bem explicativo, não tenho muitas dúvidas, mas o que me chamou bastante atenção foi  a etapa final, onde sabemos que com adultos já é difícil fazer o desligamento por conta do vínculo alcançado até aquele momento. Gostaria de entender detalhadamente como é feito esse processo com as crianças, como e de que forma podemos comunicar isso a elas,  é possível evitar ao máximo o sofrimento dessa desvinculação?

Primeiramente temos que ver se a criança esta efetivamente preparada para esse termino e abrir espaço para que se tenha o luto, para que haja a elaboração da separação. Deve ser no timing certo. Mas acredito que é necessário que haja conversa e abertura para isso também, ao meu ver é importante que a criança entenda o quanto ela cresceu e que pode continuar sozinha, isso passa confiança quando feito da maneira correta.

Hanna belluni escreveu:Klein entendia a análise de crianças como sendo parecida com a de pacientes adultos, pois utilizada a transferência desde as primeiras sessões para acessar o psiquismo infantil. Gostaria de saber um pouco mais sobre como se da a transferência infantil na clínica.

Para Klein, deve-se agir da mesma maneira como se age na análise com adultos, ou seja, analisar a mente de seus pacientes sem a intenção de moldar ou direcionar para outro caminho, entendendo como errado quando o terapeuta se coloca no lugar de educador. A transferência estaria ligada a protótipos e imagos infantis, sendo assim o terapeuta tem de analisar as brincadeiras e a comunicação verbal, assim como as transferências positivas e negativas.

Minha dúvida é em relação a devolução, ela ocorre apenas com os responsáveis ou poderá ser dividida em três momentos (apenas com os responsáveis, apenas com a criança e com ambos juntos)?

Lara Vieira da Silveira escreveu:Oi turma, tudo bem?
To terminando a leitura dos capítulos aqui mas já fiquei com uma dúvida. No capítulo 4 é trabalhada a ideia de necessitar, em alguns casos, uma equipe multidisciplinar para um melhor tratamento do paciente. O que eu queria saber é como se dá essa troca entre os profissionais envolvidos no tratamento, se as informações são divididas entre eles (quando necessário), se essa troca se dá apenas pelo intermédio dos pais do paciente ou se essa troca não se realiza a não ser que essa venha espontaneamente pelo paciente. O que vocês acham?

Oi, Lara. Não sei se entendi bem a tua dúvida, mas acredito que a investigação multidisciplinar se faça necessário sempre que houver qualquer manifestação no setting. Penso que a comunicação entre psicólogo, responsáveis e demais familiares seja imprescindível para integração de dados. Talvez, a única limitação que se possa encontrar seja a necessidade de "adaptação" da fala para os diferentes receptores da informação que estão envolvidos. Por exemplo, profissionais costumam usar linguagens técnicas entre si. No entanto, para evitar a manifestação de defesas, acredito que seja importante adequar a linguagem com os responsáveis. Por fim, quando dizes "essa troca não se realiza a não ser que essa venha espontaneamente pelo paciente" vejo que seja importante sempre priorizar a investigação de determinadas questões independente da verbalização do paciente.

No início do cap. 6, quando fala-se sobre a visão de Klein, diz: "quando a criança era dominada por resistências, os pais deveriam auxiliar para que comparecesse às sessões."
De que forma esse auxílio pode ser feito?

Carolina Julio escreveu:Logo no inicio do capitulo 5 fala sobre a importância da vinculação não somente com a criança, mas também com todos os outros meios no qual a criança faz parte. Minha duvida é como podemos nos vincular de maneira adequada com crianças que não apresentam relações solidas ou que sofre algum tipo de violência, como psicológica ou física, e em razão disso acaba tendo dificuldade de confiar nos outros?

Primeiramente acho que é fundamental mostrar para criança que o local da terapia será um espaço no qual ela pode se expressar e interagir de forma espontânea e aberta, pois tudo que acontecer ali será mantido em sigilo. A criança precisa confiar na figura do terapeuta, por esse motivo é interessante buscar aproximar-se dela de modo a estabelecer uma postura adequada a altura física da dela.

Gostaria de saber como se estipula o tempo necessário para a fase final do tratamento de crianças e adolescentes? Há uma média indicada de tempo, mesmo que se considerem os casos individualmente e desconsiderando situações extremas?

Aline Bohn Martins escreveu:Gostei bastante do capítulo 5, achei bem explicativo, não tenho muitas dúvidas, mas o que me chamou bastante atenção foi  a etapa final, onde sabemos que com adultos já é difícil fazer o desligamento por conta do vínculo alcançado até aquele momento. Gostaria de entender detalhadamente como é feito esse processo com as crianças, como e de que forma podemos comunicar isso a elas,  é possível evitar ao máximo o sofrimento dessa desvinculação?

Aline, minha dúvida até foi sobre a mesma fase da tua, então resolvi comentar aqui. Acredito que essa fase seja marcada por uma ambiguidade essencial: o lado mais maduro da criança consegue perceber que está pronto para seguir sozinho e deseja isso. O lado infantil, por sua vez, deseja o lugar de proteção e/ou limite do Setting. Mas se pensarmos que a psicoterapia cumpriu seu papel, não devemos olhar para o término como marcado tão expressivamente por sofrimento. Se o trabalho foi bem feito e o tempo da criança respeitado, o lado maduro da criança falará mais alto e ela sentirá, sim, essa perda, mas não necessariamente marcada tão intensamente. Claro que o lado mais regressivo da criança pode resistir ao rompimento e sofrer com ele. Mas precisamos trabalhá-lo, de forma que essa criança desenvolva mais autonomia e criatividade para lidar com suas questões, de forma que sua parte madura dê conta dessa separação. Ao menos é assim que entendo, hehe. Beijos!!

- No capítulo 5 fala-se em critérios que o terapeuta utiliza para decidir o término do processo terapêutico, quais seriam esses critérios? De forma que a criança não se sinta “abandonada” pelo terapeuta.
- Falando ainda sobre o final do processo terapêutico, como o terapeuta deve proceder quando a criança expõe que não quer o término do tratamento?

Vitória Coelho Lindemann escreveu:Minha dúvida é em relação a devolução, ela ocorre apenas com os responsáveis ou poderá ser dividida em três momentos (apenas com os responsáveis, apenas com a criança e com ambos juntos)?

Acredito que a devolução sobre o que foi observado durante o processo com a criança deva ser dividida em dois momentos: em um primeiro momento, apenas com a criança e em segundo momento, seria apenas com os pais/cuidadores, não havendo a necessidade de juntar ambos.

O que se procura avaliar no período de avaliação da criança e o que se tem que evitar nessa avaliação? *igor villela*